Mario Rene
Andy Warhol, em 1968, já apregoava e defendia que, no futuro, todos iriam desejar, quiçá ter, seus quinze minutos de fama.
Guy Debord, em 1967, escrevia uma célebre obra denominada “A Sociedade do Espetáculo”.
Adivinhem sobre o que?
Recentemente – quer dizer, bem recentemente – o termo “selfie” foi escolhido como o melhor …. do ano recém findo. Selfie, todos sabemos, é o auto-retrato por celular postado nas redes sociais, e que tanto envaidece seus autores.
E o que poderia ser o máximo de exposição na mídia, capaz de satisfazer o narcisismo de tantos de nós?
Oba! Ser entrevistado pelo Jornal Nacional, da Rede Globo.
Ou, pela mesma emissora, no Fantástico.
Ou quem sabe o Globo News…
Mas… por que não ser “Capa de Revista”?
De circulação nacional, e ilibada reputação?
É o que acaba de acontecer com a cidadã Elisa Quadros, também conhecida pela alcunha de “Sininho”.
Quem foi “Sininho”?
Uma personagem de contos de fadas, pequenininha e bonitinha (cabia na palma da mão), companheira de Peter Pan, e celebrizada em filmes de Walt Disney.
Epa! Eu disse celebrizada?
Pois é.
Capa de Revista não será um dos auges da celebridade?
Capa de Cláudia.
Capa de Nova. De Época.
Capa de Veja…
É a celebração da anarquia.
O que ela, e seu movimento marginal estarão pensando e sentindo neste momento?
Orgulho e autorrealização?
É o que desejamos nas atuais circunstâncias?
Se isso não for um claro exemplo de reforço de comportamento, uma das leis primárias da Psicologia, Skinner deverá estar se remexendo na tumba.
Quantos, como ela, vão se sentir inclinados, motivados… reforçados a prosseguir na conduta violenta e irracional para conseguirem bem mais que seus “quinze minutos de fama”?
Ora, vejam só.
Black BLOG também dá capa?
