Biden diz não buscar conflitos com Irã, após ataques à Síria

Após ordenar ataques aéreos noturnos contra a Síria na quinta-feira, 23, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse nesta sexta-feira, 24, que “os Estados Unidos não buscam entrar em conflito com o Irã”.

Biden ordenou os ataques na Síria depois que drones atacaram uma base americana perto de Hasakah, no nordeste da Síria, operada por uma coalizão liderada pelos EUA que luta contra os remanescentes do Estado Islâmico.

Apesar de negar interesse em um confronto, o presidente falou que os Estados Unidos estão preparados para “agir com força para proteger seu povo”. A fala aconteceu durante sua visita ao Canadá, na sexta, quando falava ao lado do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, sobre o bombardeio lançado em instalações pró-Irã, no leste da Síria, que matou 19 combatentes.

O general da brigada Patrick Ryder, porta-voz do Departamento de Defesa, disse que a operação pretendia enviar uma mensagem muito clara. “Levaremos a sério a proteção de nosso pessoal e responderemos rápida e decisivamente se eles forem ameaçados”, pontuou.

O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, falou que seguiu as ordens de Biden e ordenou os ataques aéreos na Síria “contra instalações utilizadas por grupos vinculados ao Exército de Guardiões da Revolução Islâmica”, a força armada ideológica do regime iraniano.

Embora essa não seja a primeira vez que as forças dos Estados Unidos na Síria tenham sido alvo de drones, fatalidades nesses conflitos são extremamente raras, mas desta vez foi diferente. Além da morte de um empreiteiro americano, cinco soldados dos EUA ficaram feridos com a explosão do drone.

“Os ataques aéreos (na Síria) foram realizados em resposta ao ataque (que sofremos), e também em resposta a uma série de ataques recentes contra as forças da coalizão na Síria por parte de grupos vinculados aos Guardiões da Revolução”, afirmou Austin.

Segundo avaliação das autoridades de inteligência dos Estados Unidos, o drone de ataque unilateral era de origem iraniana. A conclusão pode acentuar as tensões entre Washington e Teerã, que não concordam sobre questões como o programa nuclear do Irã, o apoio do país a militantes em todo o Oriente Médio e, desde o ano passado, sua provisão de tecnologia militar à Rússia para sua guerra na Ucrânia.

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