Yahoo: funcionários devem “aparecer na sede ou deixar a empresa”

“Trabalhar em casa nem sempre funciona de maneira tão eficiente quanto imaginamos”. A frase, de Joseph M. Pastor, professor de ADM da Pace University, insiste que é quase impossível suplantar o “elemento fundamental, a comunicação” em um ambiente de trabalho, o célebre face a face.
Essa discussão, se o trabalho em casa é, ou não, uma visão utópica de emprego, ganhou muito destaque depois que nesta semana a Yahoo anunciou que todos teriam de voltar a trabalhar na sede da empresa, todos os dias. Matéria do San Francisco Chronicle, que o Estadão traduziu hoje na pg B15, comentou o comunicado da empresa: “a celeridade e a qualidade muitas vezes são sacrificados quando trabalhamos em casa”.
A decisão da Yahoo tem vários motivos. A gigante da internet enfrenta dificuldades, em especial com o número de funcionários, e precisa apertar o cinto para competir com a “nova geração” dos pesos pesados em tecnologia. O comunicado da Yahoo, assinado pela nova presidente da empresa, Marissa Meyer, dizia claramente aos trabalhadores que apareçam ou, deixem a empresa.
Os concorrentes do Yahoo, em especial o Google e o Facebook, percebendo que o movimento pode gerar uma crise no Vale do Silício, apressaram-se em dizer que continuam firmes na política de permitir que os funcionários trabalhem em casa.
O problema é o que fazer com a percepção do professor Pace: “na sua maioria, as experiências da vida são experiências humanas . O que nós fazemos é muito complexo e muito importante , e tudo que fazemos se baseia na interação”.
O número de empregados americanos que trabalha em casa pelo menos um dia por semana aumentou de 7% , em 1997, para 9,5% em 2010, segundo os mais recentes dados do Departamento de Trabalho dos Estados Unidos.

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