É dura a vida de candidato a Presidente da França. Nicolas Sarkozy, o atual presidente quer a reeleição, mas pode tornar-se o 11°chefe de governo da União Europeia a perder o poder desde que a crise econômica contagiou os 17 países que usam o euro como moeda. O opositor François Hollande prometeu algo bem simples: procurará fazer a França crescer para que os franceses possam pagar suas dívidas e as empresas abrirem mais empregos.
Na França a eleição ocorre em dois turnos, como no Brasil. No primeiro, domingo passado, Hollande levou com 28,6% dos votos, contra 27,2% dados a Sarkozy. Há um mês, o atual presidente ganhava pro mais de 2%. O que mudou?
A França tem um partido de extrema direita bem forte. É chefiado por uma mulher, Marine Le Pen. Ela alcançou 17,9% dos votos, um recorde. Há um mês tinha só 15%. Le Pen pode ter crescido com os votos que não foram dados ao presidente Sarkozy. E isso é importante porque Sarkozy só ganhará o segundo turno, em 6 de maio, se esta mulher , a Marine Le Pen, da extrema direita o apoiar. Não será fácil.
Para puxar votos, na campanha, Sarkozy fez críticas muito fortes a Le Pen. Ela já insinuou que prefere pedir aos seus eleitores para ficarem em c asa em 6 de maio. Isso quer dizer: Le Pen quer derrotar Sarkozy para ficar com seu espólio político. Marine Le Pen quer ser a chefe da direita contra o governo de Hollande.
A vitória pende mais para o lado da oposição, com Hollande alcançando no 2º turno 56% dos votos . Para o Brasil é melhor, porque se a França muda de política e volta a crescer, as exportações brasileiras para a Europa voltam a crescer.