Viajar é o primeiro sonho de consumo dos jovens

Pode esquecer carro, smartphone, até casa. O que os jovens brasileiros mais querem, hoje, é viajar. Tanto faz a razão: abrir novos horizontes de conhecimento ou aplacar o estresse da vida diária. A preferência foi confirmada pela empresa de pesquisa B2, que há 11 anos trabalha com público universitário, por entrevistas com 2,2 mil pessoas , entre 18 e 30 anos, em São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná e Goiás. Pesquisa da FGV, com apoio do Ministério do Turismo e do Instituto Data Popular chegou a idêntica conclusão. O sonho de consumo deste público é mesmo viagem.

Na pesquisa da B2, quando convidados a apontar qual seria o hábito de consumo preferido para o horizonte de um ano, 23% dos entrevistados falou em viagem nacional e 31% quer viagem internacional. Esses percentuais superam qualquer outro bem de consumo. Adquirir um tablet é a vontade de 12% , fazer MBA é a preferência de 10%, comprar carro é expectativa de só 6% e casa , menos ainda, 5%.

A explicação parece bem objetiva: “quando sai da bolha da adolescência, com mais independência e dinheiro do primeiro emprego, o jovem quer experiências novas” avalia o coordenador da pesquisa da B2 e o “caminho mais rápido para experiência mais intensas é a viagem”.

A Sondagem do Consumidor de agosto, realizada pela FGV, revelou que o público com menos de 35 anos compõe o maior grupo de viajantes do País, como mostrou matéria do Valor Econômico de 7/10, pg B9. Essa faixa representou 33% do universo que declarou intenção de viagem em agosto. É tendência crescente: há um ano, essa fatia de intenções alcançou 30,4%.

Turismo, hoje, representa 3,7% do PIB brasileiro. Este mercado movimentava US $ 24 bilhões em 2003 e em 2012 alcançou US$ 76 bilhões.

Levantamento do Trip Advisor, site internacional de viagem que registra 260 milhões de visitantes mensais, mostrou que os destinos preferidos dos brasileiros para os próximos dois anos são: 78% para a Europa, Ásia, 24%, América Latina 16%, praticamente empatada com a América do Norte com 15%.

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