Representantes de cerca de 70 países deram pequenos passos para acabar com desentendimentos que ameaçam prejudicar a próxima conferência do clima da ONU, marcada para dezembro em Paris.
Em reunião informal encerrada ontem em Paris, ministros fixaram alguns princípios quanto a duas questões controversas: financiamento para os países mais pobres e como elevar o comprometimento para reduzir as emissões de gases no futuro, disse o chanceler francês, Laurent Fabius, como mostrou material do The Wall Street Journal, assinada por William Horobin, publciada no Valor de 11/11, pg A18
Mas o lento progresso preliminar mostra que as negociações climáticas podem não resultar num acordo global sobre as emissões, apesar de anos de cuidadosa preparação e diplomacia. Países ricos e pobres continuam divergindo sobre como financiar projetos para limitar as emissões de gases e combater os efeitos do aumento da temperatura e do nível do mar.
Países ricos prometeram elevar até 2020 para US$ 100 bilhões por ano o valor da ajuda para que os países mais pobres possam combater as mudanças climáticas. Mas os países mais pobres discordam da forma de alocar essa verba e dizem que os valores têm de ser bem maiores. Negociadores disseram que muitos países em desenvolvimento podem se recusar a assinar um acordo sem um compromisso claro sobre questões financeiras.
Fabius disse que ficou estabelecido, informalmente, que o valor de US$ 100 bilhões deve ser o mínimo. Foi discutida ainda pela primeira vez a possibilidade de ampliar a lista de países doadores.
O ministro disse ainda que houve progresso no debate sobre como revisar os compromissos de reduzir emissões, após estudos mostrarem que as atuais promessas são insuficientes para limitar a 2°C o aumento da temperatura global. Os delegados avaliaram a ideia de os compromissos serem analisados a cada cinco anos para permitir revisões regulares no futuro.