Pouco mais de um mês depois de criticar seu secretário do Estado por “perder tempo tentando negociar com o homenzinho foguete”, em uma referência ao líder norte-coreano Kim Jong-un, o presidente dos EUA, Donald Trump, mudou o tom ontem e acenou com negociações com a Coreia do Norte para colocar fim ao impasse nuclear.
“Faz sentido para a Coreia do Norte se sentar à mesa e chegar a um acordo que seja bom para o povo da Coreia do Norte e para o mundo”, disse Trump em sua primeira visita oficial a Seul, a capital sul-coreana distante apenas 56 km da zona desmilitarizada que separa o país da Coreia do Norte. Apesar do tom mais conciliatório, Trump também alertou que a força militar continua sendo uma opção se Pyongyang ameaçar os EUA ou seus aliados na região, como mostrou matéria do Valor de 8/11
Não houve nenhuma reação imediata da Coreia do Norte à declaração do presidente americano.
Em entrevista ao lado do presidente sul-coreano Moon Jae-in, Trump saudou a “grande cooperação” de seu anfitrião apesar das diferenças no passado sobre como confrontar a ameaça da Coreia do Norte e o acordo de livre comércio entre a Coreia do Sul e os EUA. Na questão comercial, os dois líderes disseram que concordaram em renegociar os termos desse acordo oportunamente.
A passagem de Trump pelas ruas de Seul foi marcada por protestos pró e contra. De um lado, centenas portavam cartazes com os dizeres “Não Trump, Não Guerra, Sim Paz” e “Pare de intensificar a tensão na Coreia”, enquanto outros saudavam com gritos “Trump! Trump!”