O exemplo mais consistente do princípio de que ideia e negócio devem andar juntos está na Campus Party, um encontro de tecnologia em São Paulo, com 8 mil inscritos para palestras, workshops e análise de tendências do mundo digital. O essencial é o formato que a feira tomou: uma plataforma de construção e relacionamentos para fazer um interesse em inovação virar empresa, uma startup.
A pretensão da feira é aproximar ideias de investidores. Como mostrou a matéria do Estadão de hoje, pg B12, a parte mais esperada desta edição da Campus Party é a “Maratona de Negócios”. Dos 200 projetos que foram selecionados previamente, 40 deles serão escolhidos durante o evento e serão apresentados em uma espécie de road show. Nesta oportunidade, os idealizadores poderão “vender o projeto” para investidores interessados. A proposta é que não basta a “grande ideia”; é preciso ter noção empresarial e investimento. Em média, o valor dos aportes pedidos é de R$ 500 mil, mas pode chegar a R$ 1 milhão. A Associação Brasileira de Startups estima que exista no Brasil um investidor-anjo para cada duas empresas em atividade.
O foco da Maratona está em negócios relacionados com a Copa do Mundo e as Olimpíadas. O importante é que não só os projetos pré-cadastrados podem pedir ajuda aos investidores. Agentes do Sebrae e de outras entidades de apoio a novos empreendedores estarão no ambiente da feira para “tirar dúvidas” sobre como transformar ideia em negócio. E quanto recurso é preciso ter para esta “transformação”.
Os debates sobre “aceleradores de empresas” já existentes e sobre o momento do e-commerce nacional devem atrair a maior parte desse público.
Na feira foi divulgada a pesquisa da Endeavour, consultoria internacional especializada em empreendedorismo, mostrando que 60% dos estudantes universitários brasileiros têm a intenção e abrir um negócio próprio. O site da Campus Party, com todas as informações é: http://www.campus-party.com.br