Só consumidor bem atendido abre dados e compartilha conteúdo

A mistura entre consumidores, marcas e redes sociais ficou muito complicada. Pesquisa internacional mostrou que quase 9 em cada 10 pessoas ouvidas neste estudo, feito em 12 países,  dizem esperar um relacionamento mais significativo com as marcas. Mas, menos de duas dessas dez, acreditam que as marcas fazem isso de forma correta. E a pior briga será no terreno do “simbólico”.

Os dados fazem parte do Brandshare, pesquisa anual da Edelman Significa, empresa de relações públicas e comunicação corporativa com sede nos EUA, publicada na edição de 23/10 da Folha, matéria de Mariana Barbosa.

Uma das motivações do Brandshare era entender até que ponto o consumidor está disposto a entregar de bandeja seus dados e opiniões para as marcas.

A conclusão do estudo, segundo Rodolfo Araújo, líder da área de pesquisa da Edelman no Brasil, é que a forma mais eficaz para as marcas conseguirem dados é preencher as expectativas dos consumidores. Tanto nas esferas racional, emocional e social.

“A questão da qualidade e da responsabilidade socio-ambiental não é mais opcional. Toda marca tem que preencher esses quesitos. A briga vai ser no território simbólico, das narrativas e dos propósitos”, insistiu o responsável pela pesquisa da Edelman.

Quanto mais as marcas preencherem essas expectativas, diz Araújo, mais as pessoas estarão dispostas também a compartilhar conteúdo produzido por elas.

“As expectativas das pessoas na interação com marcas aumentou muito”, afirmou Araújo. “A relação vai muito além de questões de consumo. As pessoas querem ver seus problemas resolvidos, mas também querem que as marcas sejam simpáticas e apoiem causas com as quais se identificam.”

A Edelman ouviu 15 mil pessoas sobre o que elas esperam das marcas. No Brasil, foram 1.027 pessoas. Os números no Brasil são relativamente similares ao da pesquisa internacional, com alguma variação de intensidade.

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