Reunião do G7 começa sob sombra de crise Israel-Irã

O primeiro-ministro alemão, Friedrich Merz, disse esperar que a reunião do Grupo dos Sete (G7, que agrega as seteSaftec Digital maiores economias do mundo, exceto a China) possa chegar a um acordo sobre quatro pontos-chave para ajudar a resolver o conflito entre Israel e o Irã. A reunião começou ontem e se estende até amanhã no Canadá.

Os líderes do G7 – que convidaram para o encontro também alguns líderes de paises do G20, incluindo o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva – também começaram a preparar ontem uma declaração conjunta pedindo o fim da escalada nos ataques entre Israel e Irã.

Merz disse que, com o conflito no Oriente Médio no topo da agenda, a base de qualquer consenso deve ser que o Irã não possa desenvolver ou possuir armas nucleares; que Israel tenha o direito de se defender contra ameaças existenciais, que o conflito não se intensifique e que se crie um espaço maior para a diplomacia. “Gostaria de acrescentar que, na Alemanha, também estamos nos preparando caso o Irã ataque alvos israelenses ou judaicos em território alemão”, disse Merz.

Os ataques de Israel ao Irã e a retaliação de Teerã são o sinal mais recente de um mundo mais volátil, à medida que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump busca retirar Washington de seu papel de polícia mundial. Em um voo para o Canadá para participar da cúpula, o premiê britânico, Keir Starmer, disse ter discutido os esforços para apaziguar a crise com Trump e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, bem como outros líderes mundiais.

“Temos preocupações de longa data com o programa nuclear do Irã.

Reconhecemos o direito de Israel à autodefesa, mas tenho absoluta certeza de que isso precisa ser amenizado. Há um enorme risco de escalada para a região e para o resto do mundo”, disse Starmer, acrescentando que espera que “discussões intensas” continuem na cúpula.

Os membros europeus do G7 também devem tentar obter dos EUA garantias mais claras de segurança para a Ucrânia – diante da pressão de Washington para que Kiev faça concessões a Moscou para um cessar-fogo no conflito entre os dois países.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, está no Canadá à espera de uma reunião bilateral com Trump, que até ontem não estava confirmada.

As conversas desta segunda se concentrarão na economia, avanço de acordos comerciais e China. Os esforços para chegar a um acordo para reduzir o teto de preços do petróleo russo pelo G7, mesmo que Trump decida se opor, foram complicados pelo aumento nos preços do petróleo desde que Israel lançou ataques ao Irã, disseram duas fontes diplomáticas.

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