Quem vale mais: a Coca-Cola ou a Apple?

Nesta lista, o equilíbrio é o que mais conta. Entre as dez primeiras posições do ranking de marcas mais valiosas, o setor de tecnologia ocupou cinco delas. A Coca-Cola continua “dona do mundo”, vale US$ 77,8 bilhões, mas a Apple, a segunda, encostou de forma impressionante na líder: vale US$ 76,6 bilhões. O que interessa mais é observar a aceleração entre o ano passado e este: enquanto a Coca-Cola valorizou-se só 8%, nessa comparação, a Apple deu um salto de 129% em relação ao que valia em 2011.
Entre as dez marcas mais valiosas estão: Google, em 4º lugar, com US$ 69,7 bilhões, Microsoft, com US$ 57,8 bilhões, 5º lugar, Intel, US$ 39,4 bilhões e Samsung, US$ 32,9 bilhões, respectivamente, a oitava e a nona colocadas. Sem esquecer a IBM, a terceira no ranking, que vale US$ 75,5 bilhões, mas é um caso especial, porque está na lista na condição de Negócios e Serviços, mas cresceu só 8% em relação ao ano anterior.
Os analistas que organizam a lista da consultoria Interbrand, responsável pelo ranking, chamaram a atenção para o fato de que as marcas de tecnologia mantêm forte ritmo de crescimento nos últimos 4 anos. As maiores velocidades de expansão no valor de marca são da Apple, campeã absoluta, seguida pela Amazon , com 46% de crescimento em relação ao ano anterior, com Samsung expandindo 40% e a Oracle, com 28%, sempre na comparação com 2011. A lista da Interbrand está no Estadão, na página B12.
E o McDonald’s? Sétimo lugar valendo US$ 4,1 bilhões um a frente da GE que vale US$ 43,7 bilhões. Para quem gosta de notar essas coisas, só há uma marca do setor automobilístico entre as dez maiores: a japonesa Toyota, a décima colocada valendo US$ 30,3 bilhões. Seguida de perto pela Mercedes-Benz e BMW, no 11º e 12º lugares da lista. Os analistas insistem que o setor ainda preservou a ligação emocional com os consumidores e, por esta razão, está bem no ranking.
O maior ausente da lista é o setor bancário. Os serviços financeiros ficaram “mal na foto” e a explicação está na violência da crise econômica que atingiu o setor muito mais que qualquer outro, desde a quebra dos bancos em 2008. As marcas líderes da prestação de serviços bancários perderam muitas posições. A American Express é a que está melhor cotada, apenas no 24º lugar e vale US$ 15,7 bilhões.
O setor de tecnologia “preservou ligação emocional” com os clientes e foi muito eficiente em manter bem visível seu maior bem: a proteção da propriedade intelectual. O processo da Apple contra a Samsung jogou um papel muito importante nessa história.

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