O risco aumentou. A Rússia perderá se mais sanções europeias forem impostas como punição pelo drama da Ucrânia. Mas, Alemanha e Itália têm mais a perder caso a União Europeia cumpra sua ameaça de um castigo mais duro a Moscou.
O impacto de restrições ao comércio coma Rússia não resultaria uniforme , como mostrou matéria da Bloomberg, traduzida pelo Valor Econômico, edição de 28/07, pg A11. As demais economias europeias, exatamente as que mais pressionam por sanções mais rigorosas, caso da Suécia por exemplo, têm bem menos interesse comerciais em jogo.
Limitar o comércio com a Rússia seria prejudicial porque os 28 países da União Europeia venderam mercadorias no valor de US$ 161 bilhões para Moscou no ano passado. Ainda que este total represente apenas 7% do total exportado pelo bloco, segundo a agência Eurostat, esse valor está muito concentrado em alguns países e provocaria graves reações na economia do bloco.
Só a Alemanha foi responsável por um terço das vendas para a Rússia , cerca de US$ 53 bilhões. Muitos destes produtos poderão ter sua exportação limitada pelas sanções. Já Reino Unido, Polônia e Suécia somam juntas bem menos do que exporta a Alemanha, mas são os países que mais pressionam por sanções. Cerca de 6.200 empresas alemãs dependem destas exportações para Moscou e essas vendem representam também mais de 300 mil empregos alemães.
A Itália é outro país que resiste às sanções porque suas exportações para a Rússia somaram US$ 19 bilhões e foram só menores que as vendas alemãs para os russos no bloco europeu.