Procurar emprego via soft de compatibilidade? E sem currículo como forma de seleção…

Tarefa complicada pede solução criativa. Se possível com uso de TI… A regra pode valer até para procurar emprego, principalmente o primeiro emprego que é bem mais difícil. A ideia foi posta em prática por uma startup brasileira que utilizou um soft que conecta tipos de trabalho com tipos de pessoa. E faz a aproximação buscando compatibilidade entre os objetivos do candidato e os da empresa. Curioso: o currículo está fora do processo inicial de seleção.

Os softwares que fazem esta busca e geram essa compatibilidade ainda são pouco conhecidos no Brasil, mas estão ganhando força nos EUA. O uso deste tipo de soft já ganhou um nome workforce science, algo como a ciência da força de trabalho. A rigor, usa análise de dados conhecida como Big Data, agora para aprimorar processos de recursos humanos. Com essa tecnologia é possível correlacionar dados de um candidato com base em diversas fontes. Um teste online cruzado com informações armazenadas. Na prática a análise ajuda a entender como a pessoa se comunica, que tipo de desafio prefere e quais empresas têm mais o seu perfil.

Criada em 2007, a Evolv é uma das empresas que popularizaram o wokforce science nos EUA. O presidente dessa empresa resumiu a função: “da mesma forma que o Google diz a uma pessoa o que comprar, nós dizemos quem contratar, como o empregado vai atuar e quando vai sair”. Esta empresa recebeu US$ 42 milhões de investimento inicial e desenvolveu um banco de dados de funcionários de áreas variadas, desde a contratação até a demissão. Ela definiu fatores que aumentam ou diminuem as chances de sucesso na contratação. Os dados e os métodos usados pela empresa brasileira que opera este soft estão no Estadão de 12/08, pg B11.

Outra startup americana, a Gild, criou um soft para avaliar programadores com base nos trabalhos publicados por eles na internet. Isto fez com que muitos candidatos, antes eliminados em longos processos seletivos, fossem contratados pelas empresas certas.

Comentários estão desabilitados para essa publicação