Parou de piorar: economia europeia dá sinais de recuperação. Bom para o Brasil

Parece que o cenário mudou e a economia europeia começa a dar bons sinais de reação. O Brasil pode aproveitar esta mudança e voltar a exportar mais para a União Europeia. A melhoria das condições econômicas pode facilitar um acordo comercial entre Mercosul e Europa. O que é bom para vários setores da economia brasileira.

Há um fato: depois de vários trimestres com piora do quadro, nos últimos dias, alguns números mostram esta reação, desde queda de desemprego na Espanha até aumento na produção de carros na Inglaterra. O dado mais comemorado foi o chamado Índice de Gerentes de Compras, o indicador que mede o movimento nas empresas quanto a produção, pedidos e compra de fornecedores. Em julho, o índice nos 17 países que adotam o euro subiu para 50,5 pontos, acima dos 48,7 pontos de junho. Essa foi a primeira vez, desde janeiro de 2012, que este número supera 50 pontos, o nível que sinaliza crescimento da economia.

A reação aparece em toda a região. Como mostrou matéria do Estadão de ontem, pg B10, países como Itália e Espanha alcançaram a melhor recuperação econômica em 25 meses. O dramático índice de desemprego espanhol, mais de 26%, ou seja um em cada quatro trabalhadores está desempregado, começou a cair gradativamente. Já são cinco meses seguidos de redução, uma situação que não e via desde 2007. Em julho, por exemplo, 65 mil pessoas forma contratadas na Espanha.

Não é diferente no vizinho, Portugal, que enfrenta crise igualmente grave: o desemprego caiu no segundo trimestre deste ano, o que não acontecia desde 2008. Na Itália os números foram muito melhores do que esperavam os economistas. Na Inglaterra, a venda no varejo foi a melhor 2007. A produção de carros aumentou 12,7%, em julho, em relação a 2012.

Há ainda algumas preocupações entre os analistas. As eleições na Alemanha, o país mais rico que mais “puxa” a economia do continente, a discussão das novas leis eleitorais na Itália e até a possibilidade de um novo resgate, de uma nova ajuda financeira à Grécia. Alguns observadores receiam, por exemplo, o chamado “efeito verão”, especialmente na Espanha, quando as empresas contratam mais para atender as vendas maiores com o turismo.

Comentários estão desabilitados para essa publicação