Óculos, para Facebook e Google, querem dizer outra coisa

Em bem pouco tempo óculos não serão mais os mesmos. O Facebook e o Google sabem disso. Segunda-feira, a empresa de Mark Zuckerberg fez nova aquisição. O alvo foi a Oculus VR, que desenvolve sistemas de realidade virtual. O negócio de US$ 2 bilhões envolveu US$ 400 milhões em dinheiro e 23,1 milhões de ações da rede social , avaliadas em US$ 1,6 bilhão.

A Oculus VR, criada em 2012, já recebeu 75 mil pedidos de desenvolvedores para o Oculus Rift, seu primeiro produto. O equipamento, um par de óculos com tela, pode ser usado para jogos e outros tipos de simulações. A previsão de lançamento é o começo do próximo ano.

Zuckerger foi bem claro: “dispositivos móveis são a plataforma de hoje e agora também estamos nos preparando para as plataformas do futuro”. De acordo com os planos do Facebook, como mostrou matéria do Valor Econômico de 26/03, pg B6, a ideia é estender o uso do equipamento para outras áreas, incluindo comunicação, mídia , entretenimento e educação.

A Oculus VR foi fundada com investimento de US$ 91 milhões e captou mais US$ 75 milhões do fundo de investimento Andreessen Horowitz, do executivo Marc Andressen, fundador da Netscape.

O Google já está em outra parte do caminho. Empenhado em manter a popularidade (e aceitação social) de seu óculos inteligente, o Google Glass, a empresa anunciou parceria com a Luxottica, fabricante italiana de óculos de luxo. A fabricação de óculos de marca gera margem operacional de 21%, bem superior a de 13% obtida no varejo comum. O acordo com o Google ajudará a empresa a alcançar metas bem superiores de lucratividade, emprestando estilo e luxo ao Google Glass.

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