Na Holanda, fábrica com robôs acaba com concorrente chinesa.

Quanto tempo mais será preciso para que um robô fique com o seu emprego? Se você acha que a questão da automação é solução usada só nas grandes montadoras de automóveis para realizar tarefas grandes e perigosas  para a saúde (pintar carros por exemplo) é melhor ficar mais informado. A fábrica da Philips Eletronics no litoral sul da China emprega milhares de  trabalhadores para fazer barbeadores elétricos. Essa é a forma antiga. A  mesma Philips no interior da Holanda usa 128 braços robóticos para fazer a mesma produção com muito menos horas de trabalho. Sem paradas para café, 365 dias por ano.

As câmaras de vídeo guiam os robôs com eficiência bem maior do que a dos trabalhadores humanos. O braço robótico molda continuadamente três dobras perfeitas em dois fios conectores e os introduz em orifícios pequenos demais para a percepção do olho humano. Os braços dos robôs trabalham tão rápido que precisaram ser fechados em gaiolas de vidro para não machucarem os humanos que os supervisionam.

Robôs substituem gente tanto na fabricação como na distribuição, ou seja, eles entendem diferentes ordens ao mesmo tempo e separam coisas. Binne Visser, o engenheiro elétrico que gerencia uma das linhas de montagem da fábrica holandesa foi claro para o repórter do The New York Times: “com essas máquinas podemos fazer qualquer aparelho de consumo no mundo”.

A fábrica da Philips na Holanda é um contraponto não só para sua irmã chinesa. A Apple  e outras gigantes da eletrônica iniciaram comparações. A Foxconn, fabricante do IPhone da Apple , apesar de montar novas fábricas sem parar e contratar milhares de pessoas na China, anunciou projeto de compra de um milhão de robôs. Motivo: a frase do engenheiro holandês da Philips.

Analistas do MIT, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, depois de reafirmarem o apoio à robótica, alertam para as implicações econômicas profundas: a chegada da automação de baixo custo trará mudanças do porte do advento da tecnologia agrícola no mundo  no século passado. “quando o emprego agrícola nos EUA caiu de 40% da força de trabalho após a II Guerra para 2% hoje”.

Analistas ainda ponderam que robôs precisam de supervisão humana porque eles “ainda não encaixam um radiador ou fixam uma mangueira”. Os robôs que fazem isso ainda custam muito caro. Mas a Factory Automation System uma consultoria de Atlanta já desenvolveu planilha para calcular a rapidez com que os robôs se pagariam. Dependendo do setor, é cada vez menor o tempo com que um robô paga seu custo. O  Estadão  traduziu esse artigo do N Y Times, disponível no endereço:

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,robo-especializado–ganha-espaco-na-industria-,918971,0.htm

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