Na “corrida armamentista” tecnológica com a Amazon, o Google ganhou uma batalha. O laboratório de pesquisa do Google construiu, primeiro, uma frota de drones para contornar os engarrafamentos de tráfego terrestres para que encomendas possam ser entregues mais rapidamente aos consumidores. A Amazon também testa veículos voadores não tripulados para transportar mercadorias adquiridas por clientes de sua loja online.
A Amazon está criando seus próprios desafios ao Google em vídeo, publicidade digital e computação móvel online numa batalha que também envolve a Apple.
O Google chama sua investida em drones de “Project Wing” (Projeto Asa). Apesar de a empresa considerar que ainda precisará de anos para sua frota de drones ser plenamente operacional, ela diz que já fez voos de teste na Austrália, como mostrou matéria da Associated Press, assinada por Michael Liedtke, publicada no Estadão, de 30/08, pg B18.
Além de aperfeiçoar sua tecnologia aérea, Google e Amazon ainda precisam ganhar aprovação de governos para voar drones comerciais em muitos países, incluindo os Estados Unidos. No mês passado, a Amazon pediu permissão à Administração Federal de Aviação (FAA na sigla em inglês) para ampliar seus testes com drones. A FAA atualmente permite que praticantes de hobbies e aeromodelistas voem drones, mas seu uso comercial é em geral proibido.
O Project Wing é o mais recente rebento do laboratório “X” do Google, que também vem trabalhando em carros que se locomovem sem motorista e outras inovações longínquas que o CEO da companhia, Larry Page, compara a “lançamentos de naves espaciais à Lua” que dão novos impulsos à tecnologia. Os outros artefatos do laboratório incluem os óculos conectados à internet conhecidos como Google Glass, o uso de balões para permitir acesso à internet em regiões remotas chamado Project Loon, e lentes de contato high-tech que monitoram níveis de glicose em diabéticos.