Juros não sobem já nos EUA. O mundo agradece

O valor dos juros americanos interessa a qualquer país. Mas, o Federal Reserve, banco central dos EUA, continua preocupado em não dar indícios de que pode elevar as taxas de juros americanas em breve, como mostrou a ata da última reunião do Fomc, o comitê de política monetária Americana.

No comunicado da reunião em setembro, o BC americano diz que pretende manter por “tempo considerável” a taxa entre 0 e 0,25%, como ocorre desde 2008.

Alguns membros do comitê, porém, temem que o termo “tempo considerável” escrito na Ata sinalize compromisso e não uma decisão que dependerá da evolução dos dados econômicos, como mostrou material da Folha de 9/10, pg B4.

No documento, o Fed ressalta que a estratégia para os juros depende de dados sobre emprego e inflação e que o primeiro aumento não ocorrerá “mecanicamente” em alguma data fixada após o fim do programa de recompra de títulos do Tesouro pelo governo, que termina neste mês com uma última compra de US$ 15 bilhões.

Na ata, a autoridade monetária afirmou que “as condições do mercado de trabalho melhoraram um pouco mais; apesar disso, a taxa de emprego teve apenas uma pequena mudança”. A Ata do FED foi mais longe:  “Muitos membros julgam que há ainda uma subutilização significativa dos recursos de trabalho”.

Além disso, o comitê ressaltou que a inflação continua distante da meta de 2% ao ano estabelecida pelo Fed. Porém, desde a última reunião, nos dias 16 e 17 de setembro, a tendência de melhora dos indicadores se consolidou.

Na semana passada, o Departamento do Trabalho dos EUA divulgou que a taxa de desemprego no país caiu para 5,9% em setembro, a menor desde julho de 2008. Apesar disso, os dados mostraram que os salários permaneceram praticamente estáveis.

O aumento na renda é importante para consolidar a retomada da economia, pois aumentaria os gastos de consumo e, consequentemente, poderia impulsionar preços.

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