Japão: economia encolhe 7,1% no 2º trimestre

Os números assustaram. Não era o que o mundo esperava: a economia japonesa teve contração de 7,1% no período de abril a junho em comparação com o trimestre anterior. Este resultado ampliou as dúvidas sobre se o banco central pode alcançar a meta de inflação de 2% no começo do ano que vem.

A contração foi a maior desde o período de janeiro a março de 2009, quando a crise financeira global atingiu as exportações e a atividade industrial do Japão. Alguns analistas agora esperam que a economia praticamente não cresça no ano fiscal atual até março de 2015.

O resultado dá uma indicação negativa para os esforços do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, que implementou um aumento do imposto sobre consumo em abril na expectativa de ajustar o orçamento fiscal e revitalizar a economia.

A forte queda seguiu a alta de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano, com os consumidores antecipando a compra de bens de alto valor, como casas, carros e TVs, para evitar a nova taxa. Cinco meses depois do aumento do imposto, que não ocorria há 17 anos, as vendas de bens duráveis continuam fracas. Os dados divulgados ontem mostram redução do consumo em 5,1%.

O governo do Japão planeja novo aumento da taxação sobre o consumo para 2015. A cobrança, que passou de 5% para 8% em abril, deve subir para 10%. Os fracos resultados do PIB, no entanto, podem dificultar a decisão da equipe econômica, que deve ser tomada até o fim do ano.

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