Internet na rua. De verdade. No festival de música/TI em Austin, Texas

O futuro da Tecnologia da Informação mudou, neste final de semana, para o Texas. É o South by Southwest, SXSW, evento enorme com objetivo bem definido: colocar literalmente a internet na rua, misturando um festival de música com todas as novidades de tecnologia interativa.

O encontro, que é anual, reuniu na cidade texana, nesta edição, 25 mil pessoas de mais de 70 países. Como mostrou matéria do Estadão, edição de ontem, página L1, o SXSW é uma  “prévia de quais tecnologias alimentarão o mainstream nos próximos anos”, no resumo do Hugh Forrest, diretor do Interactive, o braço digital do evento. A pretensão do festival é aproximar a próxima geração dos líderes de mercado em TI e a indústria de entretenimento. Neste ano, por exemplo, a atenção geral ficou dividida entre uma empresa fabricante de foguetes e o Grumpy Cat, um gatinho mal-humorado protagonista de um dos nemes de 2013.

A edição deste ano privilegiou o tema da relação entre o virtual e o físico. Em todos os cantos do festival era possível encontrar ofertas de tecnologias emergentes, que ofereciam maior interação entre experiências reais e mundo virtual. Os lançamentos mais comentados eram os que envolviam 3D, interface tátil e realidade aumentada. Em outras palavras, o SXSW Interactive deu muitas dicas que o futuro da tecnologia digital é mais “orgânico, tátil e natural”.

Uma das evoluções possíveis desta tecnologia mais “orgânica” é que redes sociais cada vez mais estimularão experiências físicas e interações humanas (conectadas e mais próximas) como objetivo básico da comunicação. Um exemplo dessa tendência foi a apresentação de uma ideia de três brasileiros no SXSW, o FellowMe, literalmente uma rede social baseada em entretenimento. O alvo é criar troca de informações, em tempo real, sobre eventos determinados. Informações bem práticas: exemplo quem pode dar carona para um show. A lógica é a de “juntar pessoas que têm um destino comum”. Pode começar com um show, mas vai bem mais longe.

O mais importante é que no SXSW se fala essencialmente de smart capital, isto é, gente interessada em colocar nas idéias não só o dinheiro, mas principalmente novas expertises, o “saber fazer” de um jeito diferente.

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