Facebook quer virar jornal. Com notícias sobre a vida dos usuários

A decisão ainda não está tomada, mas os estudos avançaram muito no caminho do Facebook se transformar em um “jornal” para aparelhos móveis. A matéria do The Wall Street Journal, de ontem, assinada por Evelyn M. Rusli, avisa que a rede social trabalha discretamente em novo serviço chamado Reader, que exibe conteúdo de usuários do Facebook em novo formato.
A ideia é reunir no mesmo ambiente matérias de várias fontes, que serão vistas como artigos, como em uma revista. O Reader é o sinal mais forte de que a empresa está me busca de formas para manter os usuários mais tempo no site da rede. O maior alvo é o equipamento móvel. A empresa já decidiu que será por esta rota, a dos celulares e tablets, que virá a recuperação das cotações das ações da companhia, hoje, ainda 35% abaixo do preço praticado na abertura de capital.
Ainda não é certo, como mostrou o W S Journal, na matéria traduzida pelo Valor Econômico na edição de 25 de junho, pg B 3, que Mark Zuckerberg quera, desde a fundação, que a rede funcionasse como central para usuários interagirem como amigos e colegas. Hoje, o sistema ainda é usado, predominantemente, pelas pessoas para acompanhar, por meio de mensagens e fotos, a vida de amigos e familiares. Agora, o Facebook quer se transformar em “destino para todo tipo de interesse, uma central onde usuários possam descobrir novidade se seguir acontecimentos e conversas em tempo real.
Porém, trazer para a rede o hábito de leitura de notícias dos usuários será um desafio para empresa dizem os analistas. Tanto o Twiter como o LinkedIn têm promovido seus próprios serviços de notícias de forma agressiva.
Embora ainda não esteja claro quando o Facebook estará pronto para lançar o produto, se é que o fará, é indiscutível que o Reader já é bem mais que um projeto. O sentido deste projeto é que interessa. A rede social que hoje abriga 1,1 bilhão de pessoas está, com o desenvolvimento do Reader, em claro projeto de remodelação de sua identidade.

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