Facebook lança o Graph Search e abre briga sobre o que é busca com o Google

Parece mais uma briga de dois “grandões” por mais espaço no mercado. Porém, não é só outra briga. O lançamento do novo sistema de busca do Facebook, o Graph Search, ontem na Califórnia, sinaliza disputa de conceitos que pode influenciar muito a evolução de negócios pela internet.

O alvo do Face, claro , é o Google. Mas, ao contrário do serviço de buscas do concorrente – que procura resultados em toda a web – o serviço do Facebook fez outra opção: buscará na sua própria rede, nos itens que já formam compartilhados por seus próprios usuários. Como mostrou a matéria do Estadão de hoje, pg. B11, a proposta procura também preservar,  aparentemente, a privacidade dos 1 bilhão de usuários do face.

Em termos práticos, o Graph Search atende quem quer saber informações de um restaurante ou de uma loja buscando todos os posts com vínculos a este alvo na sua rede. Um comentário de algum amigo muito tempo atrás, ou o link compartilhado na semana passada passam a orientar essa busca. A técnica do Google é diferente: quando se quer informações sobre este ou aquele restaurante, o usuário encontra links com relação ao alvo em toda a rede, em qualquer site da web.

Há duas concepções de busca em jogo. Na nova ferramenta do Face quem procura encontrará a opinião de seus amigos ou familiares sobre o produto ou serviço e não todas as informações disponíveis na rede. Mark Zuckerberg, que apresentou o novo produto, defendeu essa opção da empresa, essa forma de busca, dizendo: “as pessoas querem acessar conteúdos que foram compartilhados com elas”. É uma visão do que é busca, bem declarada. O Google tem outra.

O Graph Search fez menos furor no mercado do que a sua estratégia de lançamento. Desde a abertura de capital do ano passado, com resultados não muito favoráveis, o Facebook não lançara nenhum novo produto. O anúncio do Graph, no entanto, foi recebido com certa frieza pelo mercado com as ações da empresa recuando 2,7% , no dia em que o pregão da bolsa eletrônica Nasdaq teve alta de 0,2%.

No lançamento, Zuckerberger reafirmou que a a companhia busca uma forma de usar melhor sua enorme quantidade de informações e dados. Mas, frisou que pretende fazer isso “sem afetar a privacidade dos usuários”. O mercado, porém, manifestou no primeiro momento certo ceticismo quanto a estes dois objetivos

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