Facebook criou rugas… Um bom negócio?

Em 2013, os maiores de 65 anos foram o grupo etário que mais cresceu no Facebook nos EUA. Os dados do Centro de Pesquisa Pew também mostraram que o número de usuários mais jovens caiu. O fenômeno é o mesmo no Twitter, mas bem acentuado no caso da empresa criada por Mark Zuckemberg: o crescimento na rede dos maiores de 65 anos foi de 10% no ano passado, enquanto entre os usuários entre 18 e 29 anos a porcentagem recuou 2%.

Outro estudo, da consultoria especializada iStrategy confirmou a mesma tendência: queda no Facebook entre os usuários do ensino médio e superior nos EUA. Com este perfil, entre 2011 e 2014 esta rede social perdeu nada menos do que 11 milhões de usuários.

No estudo do Centro de Pesquisa Pew, como mostrou matéria do Estadão publicada em 18/01, pg B12, 71% dos internautas americanos tem perfil no Facebook, 4% a mais do que em 2012, mas este aumento só ocorreu entre maiores de 30 anos, especialmente entre os de mais de 60 anos.

Os jovens ainda são os principais usuários das redes sociais, mas o potencial de crescimento é muito maior na terceira idade. Alguns analistas já identificaram expansão de negócios na rede com este perfil. O presidente da Associação Americana de Aposentados, Tammy Gordon, foi bem claro: “a demografia das audiências das redes sociais pode mudar muito ao longo do tempo e, como em qualquer negócio, as redes que mudam com elas prosperarão”.

O fenômeno não é só americano: estudo da University College of London, divulgado em dezembro no Guardian, mostrou que jovens entre 16 e 18 anos já tinham migrado para aplicativos mais rápidos, como o Whatsapp, para se protegerem das exposições excessivas, principalmente para os pais. A pesquisa exibiu tendência de “medo da exposição” nos jovens, que é bem menor na terceira idade.

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