O mercado de trabalho mudou muito nos últimos anos. Nas seis principais regiões metropolitanas do País a oferta de emprego desacelerou desde o início do ano. Porém, nas demais regiões do Brasil a tendência é inversa.
As seis maiores regiões metropolitanas geraram menos vagas formais entre janeiro e março deste ano, na comparação com o mesmo período de 2013. A queda na geração e vagas foi de 9%. Mas, no restante do País, a geração de vagas foi 22,6% maior do que a do mesmo primeiro trimestre do ano passado. Os cálculos são do Instituto Brasileiro de Economia , IBRE, da Fundação Getulio Vargas, com base nos dados do Cadastro Gerald e Empregados e Desempregados, Caged, do Ministério do Trabalho.
Os economistas do IBRE, como mostrou matéria do Valor Econômico, edição de 12/05, pg A3, avaliam que as pressões de custo nas regiões metropolitanas podem levar o setor industrial a migrar para o interior. A indústria de transformação criou apenas 4,6 mil vagas no primeiro trimestre deste ano nas seis maiores regiões metropolitanas. No restante do País forma abertas neste segmento da indústria 91,2 mil vagas.
Analistas de consultorias privadas avaliaram que a maior geração de vagas em cidades menores está relacionada à dinâmica atual da atividade econômica, em que o comércio exterior perdeu espaço para o mercado interno, diante da lenta recuperação da economia global. Na indústria de alimentos, por exemplo, o mercado doméstico tem grande importância, e este setor está muito mais presente no interior.