Em dez anos, no Brasil, dobraram as matrículas no ensino superior

7.037.688. Este é o total de matrículas no ensino de graduação no Brasil. A divisão é desigual: o número de matrículas nas instituições públicas chegou a 1.087.413 enquanto nas privadas atingiu 5.140.312. Os dados são do Censo do Ensino Superior de 2012, divulgados ontem pelo Ministério da Educação. E mostram também que nos últimos dez anos, total de novas matrículas aumentou 91%.

Um aspecto chamou muita atenção: o crescimento de 4,4% no número de matrículas em 2012 foi inferior ao registrado no Censo anterior. De 2010 para 2011, o número de matrículas cresceu 5,6%, Alguns especialistas justificaram o recuo pela diminuição na abertura de vagas nas instituições particulares, devido ao período de acomodação ocorrido no ensino privado, depois de muitas aquisições e fusões entre grandes grupos educacionais.

Em 2012, no total de matrículas, ocorreu crescimento de 3,5% nas particulares e de 7% nas públicas. Porém, como o número de alunos é bem menos nas instituições oficiais, a média de expansão caiu. Já o número de alunos que ingressaram no ensino superior no ano passado, 2,7 milhões, a alta foi de 17,1% em relação a 2011. Nesse ponto está um dado importante: do total e novos alunos, a maior parte está na rede privadas: 2,2 milhões, uma alta de 18% em relação a 2011. As universidades públicas matricularam 547 mil calouros em 2012.

Os responsáveis pelo MEC chamaram a atenção para outro dado: se for mantido este ritmo de crescimento, até o final desta década, será possível atingir a média dos países ricos, alcançada pelos países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, OCDE. Os 30 países que integram esta entidade têm um média de 34% da sua população entre 18 e 24 anos no ensino superior, ou já graduados. A média brasileira ainda é bem inferior a esta: apenas 17,8% dos nossos jovens entre 18 e 24 anos estão na universidade.

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