Em 2013, venda de e-book cresce 225%

Pesquisa da Câmara Brasileira do Livro mostrou que o faturamento do mercado editorial brasileiro com e-books saltou de R$ 3,8 milhões em 2012 para R$ 12,7 milhões no ano passado. A pesquisa, realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, analisou 217 editoras que representam 72% do mercado.

Foram produzidos 30.683 títulos digitais em 2013 – 26.054 e-books e 4.629 aplicativos. Em 2012, esses números foram, respectivamente, 7.470 e 194. Em unidades vendidas, o salto também foi significativo – de 235.315 para 889.146, como mostrou matéria do estadão de 23 de julho, pg C3. O segmento de obras gerais foi o que mais se beneficiou com a novidade tecnológica, com faturamento de R$ 9,2 milhões no ano passado e foi seguido pelas editoras de livros científicos, técnicos e profissionais (CTP), com R$ 2,6 milhões; didáticos, com R$ 601 mil; e religiosos, com 287 mil.

Já o desenvolvimento do mercado de livro impresso deixa a desejar pelo segundo ano consecutivo. As editoras registraram faturamento de R$ 5,3 bilhões em 2013, um crescimento de 7,52% em comparação ao ano anterior. No entanto, descontada a inflação do período, de 5,91%, o crescimento real é de apenas 1,52%. Isso, considerando as vendas para o mercado e para o Governo. Quando descontamos o mercado governamental, que no ano passado representou R$ 1,4 bi, o crescimento real foi nulo.

E a pesquisa divulgada agora mostra que em 2013 foram vendidos mais exemplares – 479,7 milhões ante os 434,9 milhões de 2012. No total, o mercado comprou 279,6 milhões de exemplares e o Governo, 200 milhões.

Foram produzidos, em 2013, 62.235 livros – 21.085 títulos em primeira edição e 41.150 foram reimpressos. O segmento de obras gerais foi o que teve o melhor desempenho, o que pode ser um indicativo de que as pessoas estão lendo mais por vontade própria, e não por indicação da escola, da faculdade ou da igreja.

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