As perguntas aumentaram. Não só em quantidade, mas em tamanho, no número de palavras. Não são mais algumas palavras relacionadas a temas específicos no campo de busca, mas questões cada vez mais longas. O Google precisava de uma solução. Na semana passada, o presidente Larry Page apresentou em Menlo Park, Califórnia, sede da empresa, o Hummingbird, que o Google colocou gradualmente em operação desde agosto, sem revelar as modificações.
Discretamente, a empresa reformulou a mecânica bem guardada que executa seu sistema de busca na internet, em especial, para responder melhor as perguntas mais complexas. O Hummingbird visa principalmente possibilitar que o sistema de busca tenha melhor compreensão de conceitos e não de palavras. Estas mudanças poderão causar grande impacto no tráfego destinado a websites.
O Hummingbird é, como mostrou matéria da Associated Press, publicada no Valor Econômico de 27/09, pg B8, a mais substancial alteração no mecanismo de busca da empresa nos últimos três anos, desde que foi reformulada a maneira como o Google indexa os sites. Os executivos da companhia estimam que a reestruturação afete 90% dos pedidos de busca feitos.
As equipes técnicas da companhia apontam que qualquer reformulação feita na pontuação hierárquica dos resultados de buscas via Google poderá produzir consequências diversificadas porque ela orientam um grande volume de tráfego na internet. Porém, como as modificações implementadas pela empresa, com toda discrição, não despertaram queixas generalizadas de outros sites, o Google já identificou que estas alterações não provocaram mudança radical na maneira como o buscador exibe seus resultados hierarquizados.
Para a empresa a mudança precisava ser feita porque as pessoas se tornaram tão dependentes do Google que hoje comumente digitam perguntas longas no campo de busca, em vez de apenas algumas palavras relacionadas a temas específicos.