Desaceleração da China provoca queda na demanda global por petróleo

Uma rápida desaceleração no crescimento da demanda da China por petróleo tem reduzido o consumo global da commodity e, assim, reforça as expectativas de que a demanda deve atingir o pico até o fim da década, de acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), cujo relatório mensal foi divulgado nesta quinta-feira (12)

A organização reduziu sua estimativa para o crescimento global da demanda por petróleo neste ano de 907 mil barris por dia (bpd) para 903 mil bpd, na segunda revisão de baixa consecutiva, enquanto as expectativas para o crescimento da demanda no próximo ano seguem inalteradas em 954 mil bpd.

As projeções da AIE, assim, seguem substancialmente menores que as da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que prevê um crescimento de 2,03 milhões de bpd neste ano na demanda pelo óleo.

“O principal impulsionador desta desaceleração é uma China em rápida desaceleração”, disse a AIE.

Na segunda maior economia do mundo, o consumo contraiu pelo quarto mês consecutivo em julho, em 280 mil bpd, em comparação com o ritmo médio de crescimento de cerca de 1 milhão de barris por dia no ano anterior.

“A interrupção abrupta do crescimento da demanda chinesa por petróleo desde o início do ano está tendo um impacto profundo nos mercados de petróleo”, disse a AIE, ao citar a prolongada crise no setor imobiliário chinês e o aumento da participação de veículos elétricos.

“Com a China já ficando para trás de sua tendência prevista, outros países asiáticos se tornarão cada vez mais indispensáveis ao crescimento da demanda por petróleo”, disse a agência.

Enquanto isso, o estado atual da demanda dos Estados Unidos é incerto e outras economias avançadas também mostraram um quadro misto.

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