Convocada pela ONU, reunião do clima renova promessas

Mais uma vez os discursos ganharam das ações. A reunião do clima realizada em Nova York foi marcada pela promessa do setor privado e de vários países de destinar recursos polpudos para o combate do aquecimento global. Mas não está claro se houve avanço na direção de um acordo climático em 2015.

Convocados pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, bancos e seguradoras disseram que ajudarão a canalizar US$ 200 bilhões até o fim de 2015 para a luta de países pobres contra a mudança climática. A França prometeu doar US$ 1 bilhão. Ban celebrou a atitude do setor privado, como uma “abordagem cooperativa global inteiramente nova”, como mostrou material do Valor Econômico de 24/09, pg A 11.

Na reunião, líderes como o presidente dos EUA, Barack Obama, ressaltaram o compromisso e a necessidade de que o problema seja enfrentado, com a assinatura de um acordo global sobre o clima em Paris, no fim do ano que vem. A ausência dos líderes da China e da Índia, porém, levanta dúvidas sobre as perspectivas de sucesso de um acerto ambicioso, por serem países de destaque e com grande peso nas emissões globais.

Na reunião foi divulgada a Declaração de Nova York sobre Florestas, pela qual países da Europa prometem ajudar com mais de US$ 1 bilhão nações que reduzirem seu ritmo de desmatamento. A ideia é que seja reduzido pela metade até 2020 e se chegue a desmate zero em 2030. O Brasil, como outros países com grandes áreas florestais, porém, não aderiu ao documento, assinado por 28 países, entre eles os EUA, Canadá e parte da União Europeia.

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