Concorrentes do Google oferecem busca especializada. E mordem “fatias” do mercado…

Ninguém duvida que o Google continua o “rei” das buscas. Afinal, a participação da empresa no mercado de anúncio de buscas é de 72,8%, conforme os dados da consultoria especializada eMarketer. Mas, o maior problema do Google é que a “natureza das buscas” está mudando. E esta mudança facilita a vida dos concorrentes.

O foco da mudança também está na forma de acesso á rede. Matéria do The New York Times, assinada por Claire Cain Miller, traduzida pelo Estadão na edição de 6 de abril, pg B18, mostrou que a  “natureza da busca” mudou, principalmente, porque cresce sem parar o número de pessoas que procuram o que querem comprar, comer ou aprender em seus aparelhos móveis . Esta alteração de acesso colocou o setor de busca – que movimentou US$ 22 bilhões no ano passado – em uma significativa encruzilhada.

Entender o que os consumidores querem dos sites de busca começa por compreender bem o que eles não querem. Os consumidores não querem mais vasculhar a internet como índice de livro  em que parece determinada palavra-chave. Eles querem respostas para buscas mais diretas, como as oferecidas pelo Yelp, TripAdvisor, ou até mesmo o Amazon. Estes concorrentes do Google tentaram aperfeiçoar as respostas de indagações específicas e não apenas indicar aos usuários a direção certa.

Alguns estudos e pesquisas já provaram que as pessoas querem uma resposta simples para um pergunta simples. Os consumidores de sites de busca não querem mais receber “dez links azuis” na tela. Eles querem saber, bem claro, “onde fica o lugar mais próximo que vende sushi, fazer reserva e ir até lá”. Para comprar de tudo, de produto a serviço, eles querem respostas objetivas.

É fato que há violento crescimento da oferta de informação. O Google afirma que há 30 trilhões de endereços na rede hoje, em comparação há um trilhão há cinco anos. E as pessoas usam o You Tube para buscar coisas como aprender a dar o nó da gravata, mapas on line para encontrar endereços muito específicos ou o Facebook para encontrar as coisas que os amigos gostam. Em outras palavras: o usuário quer encontrar conteúdo de alta qualidade e especializado sem ter de procurar em toda a rede. Há consenso entre os especialistas em web que os usuários não precisam mais de links para as páginas da internet, mas “precisam de respostas, soluções e informações muito específicas”.

A consultoria comScore mostrou que as buscas no formato tradicional, dominado pelo Google, caiu 3% no segundo semestre de 2012. As buscas nos sites conhecidos como “motores de busca verticais” subiram 8%. A consultoria de marketing digital IgnitionOne revelou que no primeiro trimestre deste ano os gastos com anúncios de busca já caíram 1%. A eMarketer comunicou que em 2012 o Google perdeu parcela do mercado de anúncios de busca , caindo de 74,1% para 72,8%. O Google já informou seus anunciantes que introduzirá mudanças nas ofertas de busca em ritmo bem mais acelerado.

Comentários estão desabilitados para essa publicação