O presidente Obama começou o discurso com um puxão de orelha dizendo que os americanos “estão pagando o pereço da inação”. Era a chegada do esperado plano dos EUA para combater as reformas climáticas. A estratégia do presidente era bem clara: livrar-se dos impasses do Congresso, que há anos emperra o desenvolvimento de uma lei nacional sobre o tema. As medidas anunciadas por Obama para o clima independem do Legislativo.
O Plano contém ações em três frentes diferentes, mas complementares. A primeira, trata da redução das emissões de gases na produção de energia. Depois propõe a adaptação das cidades às mudanças que já ocorrem. Por último, fala de colaboração em acordo internacional, para a redução das emissões, a ser fechado até 2015.
Obama repetiu que 2012 foi o ano mais quente da história dos EUA. Na parte do corte de carbono, como mostrou matéria do Estadão de 26 de junho, pg A20, o plano que reduzir as emissões das termelétricas, com parceria com a Agência de Proteção Ambiental, que prevê criar novos padrões, tanto para velhas como para novas usinas.
O incentivo para energias renováveis será constante. Obama prometeu aumentar o orçamento das “energias limpas” em 30%. Até o final da década deve dobrar a produção de eletricidade eólica e solar. O projeto do presidente quer ampliar apoio federal apara o desenvolvimento de eficiência energética, além de impulsionar cooperação bilateral com os países emergentes.
O Plano fala em redução de 17% das emissões até 2020 com base em valores de 2005. Porém, esse compromisso, assinado em 2009, já está perto de ser cumprido, em boa parte, porque a crise econômica, iniciada em 2008, reduziu a expansão econômica.