Ciências Sociais e Direito têm 3 vezes mais alunos que engenharia

A diferença é muito alta: nas áreas de Ciências Sociais, Negócios e Direito, são 147,2 estudantes para cada 10 mil habitantes. Já nas engenharias, a proporção recua para 50,6 matrículas para a mesma parcela da população.

O número de matrículas nos cursos de Engenharia, Produção e Construção subiu 52% nos últimos três anos, mas a proporção de alunos na área, para cada dez mil habitantes, é três vezes mais baixa do que em Ciências Sociais, Negócios e Direito. Os dados são do Censo da Educação Superior 2013, divulgado ontem pelo Ministério da Educação (MEC) e foram publicados pelo Estadão, edição de 10/09, pg A18.

O  parâmetro internacional, da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne os 34 países mais industrializados do planeta é relevante nesta questão do número de estudantes por cursos. Comparação feita pelo próprio ministério com a média de 2010 dos países da (OCDE), mostra que essa proporção de estudantes de engenharias no Brasil ainda é bem inferior. O valor registrado entre as nações mais ricas é de 78,5.

A proporção de matrículas nos cursos de Saúde e bem-estar social no Brasil (49 por 10 mil habitantes) também é menor que a média da OCDE (72,7). Esse é outro setor-chave para o governo, que lançou o Programa Mais Médicos em 2013 para suprir a carência de profissionais de saúde nas periferias das capitais e no interior.

Já nos cursos da área de Educação, a média brasileira (68,2) supera o registrado na OCDE (55,3). Depois da engenharia, os cursos de Educação formam o grupo em que houve maior aumento na quantidade de matrículas – 3,53% por 10 mil habitantes. Pedagogia ainda domina a área, com 44,5% do total de matrículas. Em seguida, vem Educação Física (8,9%) e Biologia, Matemática e História (6% cada um).

Os maiores cursos do ensino superior, porém, continuam sendo Administração, com 800 mil alunos, e Direito, com 770 mil. Pedagogia aparece em 3.º lugar e a primeira colocada das engenharias é a Civil, com apenas 3,5% das matrículas no País. Depois, em 10º, vem Engenharia de Produção, com 2%.

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