As compras chinesas de produtos americanos estão bem aquém do ritmo necessário para atender ao aumento de US$ 77 bilhões especificado no primeiro ano pelo acordo.
As principais autoridades comerciais dos EUA e da China reafirmaram ontem seu compromisso com a fase um do acordo comercial, apesar dos chineses estarem atrasados em suas obrigações de comprar produtos americanos.
As compras chinesas de produtos americanos estão bem aquém do ritmo necessário para atender ao aumento de US$ 77 bilhões especificado no primeiro ano pelo acordo. De janeiro a junho, as exportações americanas para a China somaram US$ 49,4 bilhões, abaixo dos US$ 51,8 bilhões embarcados em igual período no ano passado (veja o gráfico acima).
O aceno – que animou os mercados de ações globais ontem – foi feito por meio de uma ligação telefônica entre o representante de Comércio dos EUA (USTR), Robert Lighthizer, o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, e o vice-premiê chinês Liu He. Este foi o primeiro diálogo formal entre americanos e chineses desde o início de maio, em meio à preocupação com relação à continuidade do acordo.
“Ambos os lados veem progresso e estão comprometidos em tomar as medidas necessárias para garantir o sucesso do acordo”, disse o USTR em um comunicado.
Em nota divulgada pela estatal Xinhua, Pequim disse que “ambos os lados concordaram em criar condições e a atmosfera para continuar a promover a implementação do pacto comercial”.
Para especialistas em comércio, mais importante que as mensagens divulgadas pelos dois países é o fato de a reunião ter ocorrido em meio ao aprofundamento das tensões entre EUA e China, que envolvem questões como Hong Kong e empresas de tecnologia chinesas.
