A adaptação mais complicada do varejo online já começou. A nova Guideshop da Bonobos, em Austin, Texas, tem todos os jeans, ternos, camisas e roupas de sarja de todas as cores e tamanhos que a marca vende. No entanto, nenhum desses itens está a venda. Mas, se algum consumidor encomendar online, na própria loja ou fora dela, receberá sua compra em dois dias.
O showroom de comércio eletrônico, inaugurado em agosto, é um dos oito espalhados pela marca nos EUA. O experimento foi tão bem sucedido que a empresa de confecções masculinas online pretende expandir para várias outras cidades. A Bonobos é pioneira na tendência “clicks to bricks”, as lojas de varejo online que abrem showroom físicos, procurando explorar a vantagem do comércio face a face em espaços de 140 metros quadrados. Sem a desvantagem de ser obrigada a manter um estoque.
Os modelos híbridos de varejo – quem operava só online abre loja física e quem tinha loja só real passou também para a rede também – chegaram porque a tecnologia, em especial smartphones e tablets, mudou o panorama competitivo e a experiência de consumo, como mostrou matéria do The New York Times, assinada por Lyla Capelin, traduzida no Estadão de 5/12, pg B23.
Lojas temporárias, chamadas de “pop-ups” nos EUA, são uma estratégia consagrada do varejo online. A ideia é de trazer o consumidor para um espaço onde possa ”imergir” em uma marca. Para diferentes analistas, o futuro do varejo está nessa “abordagem mista”. O Google inaugurou seu primeiro “Winter Wonderlaps” em seis cidades americanas para expor tablets e laptops; os consumidores poderão testar os produtos , mas terão de comprá-los online. Mas estes showrooms devem fechar com término da temporada natalina.
A Fundação Nacional do Varejo dos EUA prevê que as vendas totais no final do ano cresçam 3,9% em relação a 2012, alcançando US$ 602 bilhões. Mas, as vendas online devem crescer 15%, na mesma comparação, atingindo, US$ 82 bilhões.
