Didier Marlier traça a jornada do herói.

Didier Marlier é sócio-fundador da Enablers Network, empresa de consultoria atuante em 10 países que tem se destacado pela abordagem inovadora com a qual trabalha. O método consiste em provocar os clientes para que desenvolvam capacidade de reconhecer as tendências que emergem no mundo antes, é claro, de seus concorrentes. A empresa parte do pressuposto de que estamos imersos em um mundo cada vez mais complexo e que, em muitos casos, pode tornar-se caótico.
A Enablers Network é uma empresa que conta com sociólogos, antropólogos e psicólogos, maestros, artistas, ex-oficiais militares e acadêmicos. E essa, como Didier faz acreditar, deve ser a receita de sucesso para alcançar uma visão de mundo extremamente provocadora para, assim, transportá-la para os negócios.
Nesta quinta-feira, 23, em palestra na ESPM, Didier perguntou: o que faz um herói? O despertar de um herói não é simples. Segundo ele, segue o roteiro adotado pelos filmes comerciais que atingem grande sucesso perante o público.
Todo herói retratado nos filmes teve, antes do clímax, uma vida normal. É no dia-a-dia da pessoa retratada que qualquer narrativa começa. O que faz uma narrativa comum, tornar-se heróica é o fato de o personagem aceitar o que Didier denominou “chamada para aventura”. Aceitar a uma provocação maior que o faça abandonar aquilo que tinha como certo e se aventurar em algo novo seria o primeiro e mais fácil passo a ser tomado.
O segundo passo consistiria em desconstruir a máscara que estava sendo usada até então e, a partir daí, configurar uma nova, que considere os padrões a serem construídos e a nova vida a ser seguida.
Nova máscara construída, porém, nada terminado. Começa, então o terceiro e último passo. “Cair e levantar”. Cair faz parte da ascensão heróica porque “ser herói é duro”.
“Meu trabalho hoje é sacudir as pessoas e fazer com que elas se questionem. É fundamental que descubramos aquilo que nos motiva”, conclui Didier.
Tendemos a ignorar a “chamada para a aventura” pelo fato de esse nunca ser o caminho mais fácil. Pelo contrário, envolve riscos e demanda espírito engajador.
Acesse o Cutuco dos Mestres para ouvir Didier sobre as mudanças no mundo globalizado.

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