Em novembro a economia chinesa voltou a acelerar. A produção industrial no país cresceu 10,1% em relação ao mesmo mês de 2011. Esse resultado superou todas as expectativas, inclusive as do governo. Esse dado é maior do que o de outubro quando a indústria chinesa cresceu 9,6% em relação ao ano anterior.
O bom desempenho da indústria se repetiu no setor de varejo. Entre outubro e novembro as vendas internas cresceram 1,47%. Esse avanço também é maior do que registrado entre outubro e setembro, quando as vendas cresceram 1,34%. Os dados são do Escritório Nacional de Estatísticas da China.
O mais relevante é que esta aceleração da economia não significou mais inflação. Em novembro, a inflação ao consumidor foi de % em relação a novembro de 2011,. Esse resultado foi menor até do que a previsão do governo, que antecipara uma inflação anualizada de 2,1% para o mês de novembro.
No atacado, porém, os preços permaneceram muito bem comportados. Aliás, recuaram. Na China, é claro… O índice de preços ao produtor caiu 2,2% em novembro, em relação ao mesmo mês do ano anterior. Em outubro, essa queda já tinha acontecido, de 2,8%, na mesma comparação. Isto quer dizer que os preços no atacado estão efetivamente controlados, apesar da subida da produção na economia.
O melhor dado, no entanto é o de investimentos: de janeiro a novembro os chineses investiram mais 20,2% do que tinham investidos nesses mesmos meses de 2011. Em outras palavras, investimento quer dizer, por exemplo, compra de mais máquinas e equipamentos, o que significa mais produção no próximo ano.
A melhoria da economia chinesa tem enorme importância para o Brasil;. A China é o maior comprador de commodities brasileiras, especialmente minério de ferro, soja e derivados de petróleo. Se a economia chinesa volta a crescer, o Brasil venderá mais produtos para Pequim, gerando mais emprego e renda aqui. Hoje, é essencial para a economia brasileira acompanhar o desempenho chinês. Desde 2010, a China é o maior mercado para a venda de produtos brasileiros.