Está decidido. As empresas de tecnologia digital procuram alternativas – ou seja, já decidiram – para uma identificação mais segura do usuário, que não envolva a simples digitação de uma série de caracteres. A razão é óbvia: é cada vez maior a possibilidade da senha ser roubada. As primeiras pesquisas sinalizaram que o usuário gosta da ideia, não só por segurança. A iniciativa promete acabar com o sofrimento de quem esquece as inúmeras senhas que deve decorar.
Na semana passada, como mostrou a matéria de Renato Cruz, publicada no Estadão de 17 de fevereiro, pg B10, grupo liderado pela Lenovo (maior fabricante de PCs do mundo) e pelo serviço de pagamento via internet, PayPal, lançou a Fido Alliance, a “organização” que pretende substituir as senhas por diversas formas de identificação. Neste caso, passa a valer, uma chave USB (quase um pen drive) o chip do próprio computador, a leitura de impressão digital, reconhecimento de voz, ou qualquer outra tecnologia que possa ser usada. Fido é a sigla de Fast Identidy Online.
Um jornalista americano, Mat Honan, teve sua “vida digital” arruinada em uma hora. Os criminosos começaram por entrar na conta dele do Google e a apagaram. Depois, foram para Twiter e fizeram o mesmo. Foram para a Apple ID e apagaram o conteúdo do seu Iphone, IPad e MacBook. Como? Conseguiram na Amazon os 4 últimos algarismos do seu cartão de crédito e autenticaram a conta da Apple. E daí em diante foi um sequencia de danos. Cada vez maiores. As fotos da festa de primeiro ano da filha do jornalista acabaram.
As alternativas às senhas estão cada vez mais fortes. As formas de tornar as atuais senhas menos inseguras existem. Todos os conselhos para proteger as senhas são bem conhecidos., Inclusive dos hackers , é claro. Os tokens de banco foram só o primeiro passo.
Na prática voltaremos um pouco no tempo, carregaremos “coisas físicas” para podermos usar com segurança o “mundo digital”. É um bom preço a pagar por mais segurança? Há quem duvide …