Arte apagada

Ian Perlungieri, aluno do 5° semestre do curso de Propaganda e Marketing ESPM / SP

O mundo evolui. Carros sem motoristas, tecnologias vestíveis, drones. A arte contemporânea tenta fazer o mesmo, se adaptando e trazendo formas criativas de intervir no meio urbano.

Os artistas Guus ter Beek e Tayfun Sarier (ambos trabalham na Wieden+Kennedy) fizeram uma intervenção peculiar nas ruas de Londres. No projeto, batizado de Street Eraser, eles “apagaram” muros, placas e outros objetos das ruas da cidade com adesivos gigantes que imitam o efeito da borracha do Photoshop, ou seja, ao serem aplicados, a superfície aparenta ter sido apagada, revelando o fundo quadriculado típico do famoso programa de manipulação de imagens.

Aqueles que usam o programa com mais frequência, provavelmente, acharão este projeto mais interessante, mas não deixa de ser curioso perceber como a arte se adapta em um mundo dominado pelo meio digital.

Uma crítica à propaganda? Uma crítica ao domínio tecnológico? Uma crítica à própria arte contemporânea? Ou apenas uma manifestação pessoal? Segundo os autores, o objetivo é mais introspectivo: “fazer as pessoas refletirem sobre o que está escondido sob a superfície de tudo que as rodeia.”.

Para ver as fotos do projeto, acesse: http://streeteraser.com/

Comentários estão desabilitados para essa publicação