Edmir Kuazaqui
Existem obras que são atemporais e resistem ao tempo pela qualidade de seu roteiro, atuação de seus atores e direção, por exemplo, e que se tornam referências para as gerações posteriores. Segue dez que considero como verdadeiras pérolas da sétima arte:
Alien, o oitavo passageiro (EUA, Alien / 1979): Clássico que virou cult, um belo exemplo de ficção científica e terror. Ridley Scott dirige história de tripulantes confinados na nave Nostromo, em conflito contra uma criatura primitiva. Filme selecionado para preservação histórica pelo National Film Registry da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, pela qualidade estética e cultural. Destaque para a concepção da criatura por H.R.Giger.
Caçadores da arca perdida (EUA, Raiders of the lost ark / 1981): Obra-prima do cinema de aventura, na época em que o diretor Steven Spielberg dava maior espaço à emoção e criatividade do que a razão. Grandes cenas de ação, num releitura dos grandes seriados do cinema.
O dia em que a Terra parou (EUA, The day the Earth stood still / 1951): Robert Wise dirige essa obra-prima sobre alerta contra as ameaças do uso da energia nuclear e da guerra fria. Baseado no conto Farewell to the Master de Harry Bates. Destaque para as palavras proferidas pelo robô Gort que virou parte da cultura pop. Passe longe do remake !!!
King Kong (EUA, King Kong / 2005): Embora seja um remake, Peter Jackson levou às ultimas consequências o roteiro original, acrescentando as cenas deletadas (como a do abismo). Lirismo no entoar das cenas de dança no lago congelado revelam muito mais do que a simples poesia abstrata, que muitos viram mas poucos entenderam.
Ladrões de bicicleta (Itália, Bycicle thieves / 1948): Crítica social dirigida por Vittorio Di Sica, ambientada no pós-Segunda Guerra Mundial. Trabalhador tem o seu instrumento de trabalho – a bicicleta – roubada, e sem está não conseguirá manter o seu emprego e a qualidade de vida de sua família. O que um homem desesperado deverá fazer para resgatar a sua dignidade?
O Pagador de Promessas (Brasil, The given world / 1962): Filme dirigido por Anselmo Duarte e baseado em peça teatral de Dias Gomes, relata uma promessa de homem simples caso seu burro Nicolau seja curado. O cumprimento da promessa reside em carregar uma grande cruz de madeira até a Igreja de Santa Bárbara em Salvador. No longo caminho, diversos obstáculos e manipulações de grupos de interesse. Palma de Ouro no Festival de Cannes.
O Poderoso Chefão (EUA, The Godfather / 1972): Considero o melhor filme da história do cinema. A coerência e o equilíbrio do roteiro de Mario Puzo, a performance de todo o elenco, destacando Marlon Brando sob a batuta segura e profissional de Francis Ford Coppola. No mínimo, maravilhoso, onde cada cena e diálogo é uma inspiração da sétima arte!
Os Sete Samurais (Japão, Seven Samurai / 1954): Akira Kurosawa na sua melhor forma. Filme que inspirou outras obras que viraram cult, como por exemplo Sete Homens e um Destino. Em preto e branco, por favor !!!
True Lies (EUA, True Lies, 1994): Por muitos anos, o diretor James Cameron prometeu uma sequência dessa pérola do cinema de aventura. Segundo ele, não tem mais razões para uma continuação nem um remake, pois muitos conceitos políticos se transformaram nos últimos anos. Independente da afirmação do diretor, seria divertido ver de novo o casal central dentro de uma trama, talvez, ambientada na América Central.
Vampiro de Almas (EUA, Invasion of the body snatchers / 1956): Don Siegel dirige esta ficção científica com crítica política, que gerou uma série de remakes sem, contudo, superar o original. Mais conhecido como Invasores de Corpos, é uma crítica ao totalitarismo, simbolicamente representada por vagens gigantes que reproduzem pessoas sem consciência. O final do filme foi alterado por solicitação do Congresso norte-americano na época.