Previsão do futuro? Na aposta do FMI, quem fica mais rico, ou mais pobre neste ano?

Previsão serve para isto mesmo: evitar surpresas. Quando acertam… é claro. Algumas instituições têm exatamente esta função: fazer estimativas para que pessoas e governos se organizem. O Fundo Monetário Internacional, o FMI, uma espécie de fiscal da economia do mundo, é uma dessas instituições que investigam o futuro. Ontem, o FMI divulgou relatório reduzindo a projeção de crescimento da economia mundial. A expectativa deles é que o PIB global tenha expansão de 3,3% este ano, abaixo dos 3,5% projetados em janeiro. Com um aponta de otimismo: para 2014 segue inalterada a estimativa de avanço de 4%.
O mais interessante é que os chamados países emergentes estão bem nessa foto. Como mostrou matéria de hoje no Estadão, pg B6, os mercados emergentes, principalmente China, devem continuar puxando o crescimento mundial. É verdade que mesmo para estes países a projeção do FMI acabou reduzida. Os emergentes devem crescer 5,3% este ano, quando em janeiro a previsão era de 5,5%, Já a China, deve avançar 8,0%, 0,1% a menos do que foi proposto em janeiro.
O problema maior estará com os países ricos. Que devem crescer apenas 1,2% neste ano, segundo o FMI que o começo do ano previra 1,3% para eles. Os EUA saem na frente neste bloco com crescimento previsto d e 1,9% , mas 0,2% menos do que em janeiro. Motivo: os cortes automáticos dos gastos públicos que frearam a economia.
Difícil mesmo será a situação da Europa. A previsão é de encolhimento de 0,3% no PIB do boco, pior do que os 0,2% de recuo previsto em janeiro. Mas para 2014, o FMI prevê avanço de 1,4% para os europeus. A Alemanha, mais uma vez, ficará em posição melhor que os vizinhos, avanço de 0,6%, mas a Itália e a Espanha despencam feio, 1,5% e 1,6% de queda no PIB neste ano , respectivamente.
Os japoneses nesta história toda estão sorrindo. O país resolveu adotar uma política monetária mais expansionista, quer dizer maior oferta de dinheiro, e teve revisão para cima na projeção de crescimento do FMI: em janeiro o fundo estimava expansão de 1,2% para os japoneses, mas agora considera que o crescimento será de 1,6% neste ano.
Agora, tudo depende do FMI estar certo. Eles não costumam errar muito. Mas, conferir mesmo se acertaram só no final do ano.

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