O “melhor futuro” mudou de lugar? Brasil é o 4º maior destino de investimento

A vontade de investir, de fazer negócio, tem muito a ver com o lugar dessa pretensão. Se a regra é verdadeira, o Brasil ficou bem na foto na relação dos destinos dos investimentos internacionais em 2012: o País superou a Europa e o Japão e se tornou o quarto maior destino de investimento no mundo no ano passado.

A pesquisa foi feita pela ONU e publicada no Estadão de hoje, matéria de Jamill Chade, na pg B7. Os números mostram um recuo médio de 18% no fluxo de investimentos em relação a 2011. O motivo é simples: forte retração nos negócios no mundo todo. Porém, essa queda de fluxo de investimento foi bem menor na direção do Brasil. A indefinição em torno da crise do euro foi o maior freio nestas apostas de risco. Os cálculos do organismo especializado da ONU indicam que as empresas multinacionais têm disponibilidade de capital de US$ 6 trilhões para investir. Mas, dependem da confiança para fazer negócios.

Em 2012, o medo da crise forçou uma queda de 37% no fluxo de investimentos para os países ricos. O Brasil também perdeu, mas muito menos, apenas 2% em relação ao que recebeu em 2011. Em números absolutos, o Brasil recebeu US$ 65,3 bilhões no ano passado e no ano anterior tinha recebido US$ 66 bilhões. Em 2011 o Brasil ficou em quinto lugar, enquanto em 2010 ocupou a sétima posição. A evolução é um fato.

Apenas EUA, China e Hong Kong receberam mais dinheiro para investir do que o Brasil. É verdade que se somados os investimentos de Hong Kong com os da China, esse total ultrapassa destinado aos Estados Unidos. Um detalhe importante dessa contabilidade dos investimentos é que os aportes destinados à África também aumentaram 5% entre 2012 e o ano anterior, apesar de todas as dificuldades do ano passado.

O fato mais importante constatado pela ONU é que 2012 entrará para a História como o ano em que, pela primeira vez, as economias emergentes receberam mais investimentos do que os países ricos. Sem dúvida, o perfil da economia mundial mudou. Incluindo, os lugares que devem passar a ser considerados como “mais promissores”.

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