Seja pela receptividade do consumidor brasileiro, pela qualidade do produto, ou até mesmo pelo investimento em nosso mercado promissor, fato é que o Brasil é o país com mais carros chineses eletrificados rodando pelas ruas no mundo. O dado foi revelado em estudo feito durante o mês de fevereiro pela Rho Motion, um instituto inglês de pesquisas e investimentos na área de tecnologia.
Segundo o órgão, que considerou os números de vendas em 2024, 82% dos veículos desses segmentos comercializados no Brasil atualmente são de marcas chinesas. O ranking ainda traz Tailândia e Indonésia nas posições seguintes, com modelos chineses equivalendo a 77% e 75% do mercado, respectivamente.
Vale dizer que para a pesquisa foram considerados carros de passeio e comerciais leves, mas apenas com conjuntos mecânicos elétrico (BEV) e híbrido plug-in (PHEV) – ambos de recarga externa. Ou seja, dos 126 mil veículos com essas características vendidos por aqui em 2024, 103.320 são de alguma fabricante do país asiático.
Globalmente, os dados do instituto apontam para 76% de participação de mercado, considerando esses automóveis. Ou seja, mais do que um em cada quatro veículos híbridos plug-in ou elétricos comercializados no mundo hoje vêm da China. O fato chama ainda mais atenção quando constatamos que a estatística exclui qualquer tipo de venda nos Estados Unidos.
Isso porque, desde o dia 14 de janeiro deste ano, é proibida a venda de qualquer tipo de veículo conectado com tecnologia russa ou chinesa em território americano. A medida foi anunciada nos últimos dias do governo de Joe Biden e a justificativa é garantir a segurança do país contra ameaças externas.
Isso significa que a expansão chinesa na indústria automotiva e de eletrificação já é um fato, mesmo sem contar com o público consumidor americano, que atualmente é o segundo maior comprador de carros do mundo. Segundo o portal Focus2Move, os EUA venderam 15,94 milhões de veículos em 2024, ficando atrás apenas da própria China, que registrou o emplacamento de 26,05 milhões de exemplares.
Seguindo os números registrados, a Europa é o continente onde os automóveis chineses têm a menor popularidade. Por lá, enquanto as fabricantes que já dominam o mercados brasileiro estão conquistando seu espaço, a Áustria é o país que tem a maior aceitação às tecnologias orientais: 11% de sua frota elétrica e híbrida plug-in equivale a modelosde marcas chinesas. Em seguida, esse tipo de automóvel equivale a 10% e 9%, respectivamente, das frotas de elétricos e híbridos da Espanha e Noruega.
