Reclamar vai ficar mais fácil. E com muito mais peso.

O Yelp, o site americano de avaliação de produtos e serviços, com mais de 108 milhões de visitantes mensais chegou ao Brasil. O site, presente em 23 países, funciona como uma rede social onde as pessoas podem procurar produtos e serviços perto delas – a busca local – mas, também, podem escrever suas avaliações sobre atendimentos e pratos recomendados. Além de interagir, os usuários do Yelp podem ser contatados pelos donos dos estabelecimentos criticados para “tirar dúvidas”.

Criado em 2004, o site tem como concorrentes empresas como o também americano Foursquare e os brasileiros Kekanto e Apontador. Gigantes como Google ou Apple mantêm serviços parecidos. A maior diferença é que o Yelp tem usado melhor. O espaço de publicidade, base da fonte de receita do Yelp, é bem alto. Em 2012, o site alcançou faturamento de anúncios de US$ 137,5 milhões, subia de 65% na comparação com o ano anterior. Um dado importante é que esta receita veio de apenas 7 dos 23 países em que a empresa tem estrutura de vendas.

A empresa abriu capital no ano passado e como mostrou o Valor Econômico de 22 de agosto, pg B3, as ações mais que triplicaram de preço e fecharam o pregão de ontem em Nova York cotadas a US$ 51,3 .

Os concorrentes estimam que a Yelp terá algumas dificuldades até que o negócio de busca local seja mais conhecido no País. O maior problema que o novo site enfrentará no Brasil virá, na visão dos concorrentes, de sua base de dados ainda pouco relevante e pela falta de hábito do brasileiro de fazer avaliações de produtos e serviços. “Eles terão de trabalhar muito para criar essa cultura no Brasil, que é mais comum nos EUA”, apontou o diretor de tecnologia do Apontador. Este site, que atua só no Brasil, tem 7 milhões de negócios e 17 milhões de visitantes únicos por mês.

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