A guerra na TI foi para a nuvem. Motivo: US$ 40 bi em negócios de armazenamento de dados

A guerra que não se vê foi para a nuvem. Motivo da briga: quem vai liderar a o mercado de dispositivos móveis e de buscas na internet? O jogo é bem definido: quem tem mais poder de computação? Estão no páreo três gigantes: Google, Microsoft e Amazon.
O alvo principal: Google e Microsoft querem tirar da Amazon o predomínio que ela tem no lucrativo negócio de armazenamento de dados e processamento para milhares de empresas. A Amazon, como mostrou o Valor Econômico, edição de 7/2, pg B12, tem o controle desse mercado por meio da Amazon Web Services, , a AWS, que presta o serviço de ajudar empresas a lidarem com tarefas digitais. O serviço tem muitas frentes: desde transmissão pela internet (ajuda a Netflix a operar, por exemplo) até serviços de ajudar no registro de acidentes de carros para conferência de empresas de seguros.
A guerra virou total: agora a Amazon quer vender serviços da AWS para grandes empresas que compravam esse serviço da Microsoft e da Google. As duas gigantes, por sua vez, querem tomar da AWS as pequenas empresas, as startups, que nos últimos anos foram as melhores clientes da Amazon.
Os analistas batem todos na mesma tecla: as guerras tecnológicas já se expandiram para “quase todas as áreas de negócios e os serviços nas nuvens são o campo de batalha mais recente”. Só o mais recente, não o último. A Amazon avançou muito na preferência dos “desenvolvedores”, mas a Microsoft e a Google estão ganhando terreno.
Ninguém revela números exatos. Mas, a empresa de consultoria especializada IDC trabalha com a estimativa de que os serviços na “nuvem pública” estão entre as áreas de TI com crescimento mais rápido. O mercado total estimado foi de US$ 40 bilhões em 2012. A Amazon tem 70% desse mercado de aluguel de capacidade e processamento de dados na nuvem pública.
Um aviso dos especialistas: a guerra não é só por dinheiro. Com serviços na nuvem, as três gigantes querem conquistar a lealdade dos desenvolvedores de soft e preservar “reservas de mercado” para que as empresas enormes, de todos os setores, “comprem serviços” delas ao longo do tempo. A Amazon reinou por anos sozinha nas nuvens. Esse “império” acabou.

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