Caças da Índia e do Paquistão travaram ontem um inédito combate aéreo na região disputada da Caxemira, com ambos os lados afirmando que derrubaram ao menos uma aeronave rival. O Paquistão ainda capturou um piloto indiano, escalando a hostilidade militar entre as duas potências nucleares rivais, o que levou os EUA e outras potências globais a pedirem contenção.
A Casa Branca condenou a escalada do conflito e pediu medidas imediatas
para reduzir a tensão. “Os riscos potenciais associados a novas ações militares de ambos os lados são inaceitavelmente altos para os dois países, seus vizinhos e a comunidade internacional”, disse uma
autoridade do Conselho de Segurança Nacional.
Em pronunciamento à nação, o premiê do Paquistão, Imran Khan, expressou preocupação com os riscos dos recentes choques resultarem numa guerra. “A história nos diz que em guerras há erros de cálculo”, disse. “Meu ponto é, considerando as armas que temos, podemos nos dar ao luxo de um erro? Devemos nos sentar e conversar.”
Em Nova Déli, o governo do premiê Narendra Modi disse que se “reserva o direito de adotar ações firmes e decisivas” e convocou o principal diplomata paquistanês para protestar sobre o incidente. A Índia chamou os vídeos mostrando seu piloto capturado pelo país vizinho como uma “exibição vulgar” que viola as normas de tratamento de prisioneiros de guerra.
Mas a Índia não fez novas ameaças de retaliação como em 14 de fevereiro, após a explosão de um carro-bomba na Caxemira indiana. No fim do dia, os dois países reabriram seus espaços aéreos.
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