Governo chinês vira dono do Waldorf Astoria

O governo chinês anunciou nesta sexta-feira, 23, uma intervenção na seguradora Anbang, companhia chinesa acusada de corrupção que é dona do hotel Waldorf Astoria, um ícone de luxo de Nova York – a aquisição foi feita em 2014, por US$ 2 bilhões. Ex-presidente da Anbang, Xu Xiaohui está sendo acusado de uma série de crimes e foi preso em junho de 2017.
A seguradora gastou bilhões nos últimos anos para comprar propriedades de luxo ao redor do mundo – tornando-se uma espécie de símbolo do gigantismo econômico chinês. Isso fez o governo se preocupar com o endividamento da Anbang, à medida que a companhia fazia aquisições consideradas “frívolas” no exterior.
O Waldorf Astoria, fundado em 1931, foi por muitas décadas um símbolo da elegância de Nova York. Mas ele não será o único ícone americano do luxo a ser agora controlado pelo governo chinês. Hotéis de primeira linha em Santa Mônica e São Francisco, na Califórnia, e em Chicago, também eram parte do portfólio da seguradora.
O Waldorf Astoria, que é um misto de hotéis e apartamentos de luxo, foi a casa de muitas celebridades, como o compositor Cole Porter, e por décadas recebeu os presidentes dos Estados Unidos quando eles visitavam a cidade. O cantor Frank Sinatra e a atriz Elizabeth Taylor também eram habitués do lugar.
Desde o início de 2017, a propriedade está em reforma, em uma obra calculada em US$ 1 bilhão. Ao todo, o hotel tinha 1,5 mil quartos, número que deveria ser reduzido com a renovação, que ampliará a ênfase na oferta de apartamentos exclusivos.
No entanto, quem passa hoje pelos arredores do prédio não vê sinais de que a obra do edifício esteja sendo tocada na velocidade prometida. Com a saída da Anbang de cena, agora especula-se qual será o destino que o governo chinês dará ao empreendimento. 

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