Por Pedro de Santi
Acabo de chegar em casa após a pré-estréia do filme, seguido do debate. Participei do debate ao lado da diretora e da Co-roteirista.
Havia assistido ao filme sozinho, na tela do computador. Assistir com o público na telona foi outra experiência completa. O debate teve quase a duração do filme e fluiu bem como o próprio.
A fala de Petra é delicada e mostra muito trabalho de amadurecimento pessoal e técnico.
É um privilégio estar próximo do processo. Sinceramente, estava com medo de estragar a textura do filme e do debate com o peso de uma análise. Espero não ter atrapalhado.
A reação do público foi ótima, as questões, interessantes.
Ouvir a Petra e a Co-roteirista tão novas e competentes é um prazer, um alento e uma esperança.
Para quem tantas vezes usa filmes como exemplo e objeto de análise, é também uma experiência única poder falar de um filme com a roteirista, diretora e atriz.
Ao mesmo tempo, inspira cuidado. Não é possível sair interpretando o filme de forma selvagem; trata-se de uma pessoa real e presente, que não me convocou como analista. Uma pessoa não, duas, pois a personagem crucial, a mãe, estava presente e respondeu a questões.
Agradeço à equipe- na pessoa do Camilo- pelo convite e pela grande gentileza com que fui acolhido.
Aparentemente, a ação de guerrilha para a promoção do filme está sendo eficaz.
Estou na torcida para que este filme delicado e perturbador possa ser desfrutado por muitos.
Serviço: dia 20/05, a diretora Petra Costa virá à ESPM debater sobre o filme com os professores Pedro de Santi e Gisele Jordão.
