É possível misturar Corinthians e CHERY com estratégia militar?

Por George Bedinelli Rossi

Nesta última semana, dias 28 e 30 de outubro, ocorreram palestras sobre ESTRATÉGIA pelas perspectivas MILITAR, EMPRESARIAL e de JOGOS/ESPORTES. O objetivo era verificar similaridades e diferenças quanto à ESTRATÉGIA por estas diferentes perspectivas.

Muito interessante foi notar que há mais pontos comuns do que diferenças. Todas os palestrantes demonstraram forte ênfase quanto a ações internacionais, ou mais especificamente, ações que não mais se limitam à fronteiras. Em especial o Dr. Rosemberg ao expor o processo de internacionalização do Corinthians, sim, o time de futebol, que é muito parecido com a da empresa CHERY, como exposto por seu diretor de MKT o Sr. Lourenço, que busca espaço no mercado automobilístico brasileiro.  Em comum na definição e escolha de para onde crescer, estas empresas buscam oportunidades de mercado com grande potencial de demanda.

Diferentemente das empresas supra citadas, o Sr. Ienega (Dextron Management Consulting Company) abordou grandes corporações e a dificuldade destas atualmente. Para ele, a dificuldade ou desafio para grandes corporações é o aumento da complexidade (operacional e estratégica em lidar com vasta amplitude de negócios de natureza diferente em países diferentes) enquanto as competências internas declinam. E, neste sentido, o Capitão de Mar e Guerra Dr. Raza expõe que as complexidades operacionais militares aumentam ao mesmo em que se busca incessantemente aumentar as competências das tropas para acompanhar o aumento da complexidade. Estes dois últimos palestrantes apresentam-nos o que se chama de Sistemas Complexos e a tendência de que enquanto as complexidades aumentam as competências declinam indicando uma perspectiva comum que é a de Competências Internas para lidar com as incertezas do ambiente externo.

Quanto às diferenças, a mais notável é a Militar frente à empresarial. Para a Militar a maior dificuldade centra-se na determinação de objetivos, pois, estes são mais voláteis, ou seja, são mais curtos e consequentemente as ações militares diferem da empresarial na variável tempo tanto para o planejamento quanto para a execução e a mais tradicional de todas que na perspectiva militar a tolerância ao erro é zero, pois, o erro causa perdas imediatas enquanto na perspectiva empresarial o erro nem sempre aparece de imediato.

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