Tecnologia “vestível”? O Google Glass terá limites. Em especial, nos anúncios

Um dos sonhos do futuro tecnológico mais procurados já chegou, o GoogleGlass, ma so dono decidiu tomar muito cuidado com ele. O aparelho, também conhecido como óculos-computador ou smartphone-óculos, foi apresentado pela empresa em 2012. A invenção foi considerada um enorme avanço na chamada “tecnologia vestível” e o acessório obedece a comando de voz : “Glass tire uma foto” ou, “ grave um vídeo”.
O aparelho começou a ser vendido nesta semana por US$ 1,5 mil a algumas pessoas, bem específicas, os desenvolvedores. Como mostrou matéria do The New York Times, assinada por Claire Cain Miller, que o Estadão publicou hoje na pg B19, desenvolvedores são pessoas com grande afinidade com tecnologia que farão as adaptações dos óculos para o uso de todos, os que não são tão aficionados pro novidades tecnológicas. Porém, o Google colocou alguns limites para os desenvolvedores. E esses limites deixaram bem claro que tipo de futuro o Google quer para o seu revolucionário produto.
Para começo de conversa o Google percebeu que o elemento mais sedutor do iPhone da concorrente não era a sensibilidade ao toque , mas os aplicativos , os apps, que transformaram “o aparelho em qualquer coisa, de flauta a lanterna”. O Google quer que os apps façam o mesmo com seus óculos conectados à internet.
Os desenvolvedores de software que querem criar um app para o Glass receberam na segunda-feira uma série de diretrizes da Google. Seguindo os passos da Apple, a empresa vai controlar o tipo de app criado. Por exemplo, os desenvolvedores não podem vender anúncio nos aplicativos, coletar dados de usuários para anunciantes e, muito menos, compartilhar com agências de publicidade. E não podem cobrar pelos apps ou por produtos colocados dentro deles.
Um consultor especializado foi preciso quanto a estratégia da Google: “o que nós percebemos é que quanto mais íntimo o aparelho, mas intrusiva seria a publicidade para os consumidores”. Sem esquecer que o s consumidores também querem interagir com os aparelhos como, por exemplo, que o Glass mostre o extrato do banco durante uma compra.
As restrições desapontaram os desenvolvedores. Um estudante de ciência de computação considerou o limite imposto como algo que “dá muito controle a companhia sobre a experiência”. Esse desenvolvedor criou um app para marcar pessoas que o usuário conhece em uma festa e anotar detalhes sobre elas. Na próxima festa, se o usuário encontrar a pessoa marcada, pode acionar discretamente esses dados.
O Google quer ir devagar com o andor… quer “vender” as novidades aos poucos, porque o Glass é mesmo inovador, mas é preciso mais cuidados com eles do que com celulares. Porque, afinal, como resumiu um desenvolvedor: “você não leva seu laptop ao banheiro, mas você está sempre vestindo o Glass”

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