Salas conectadas da ESPM. Nuvem, soft e hard, juntos

A ideia de nuvem é só o começo. As salas conectadas da ESPM, espaço em que o estudante assiste aula com seu device ligado, celular, tablet, note , o que quiser, já está em pleno funcionamento. A lógica dessa sala é bem objetiva: chega de reclamar da concorrência do celular na aula. Pura e simplesmente, faça dele um aliado do processo de aprendizagem. Como era mesmo aquela história? Quando você não pode vencer um inimigo, junte-se a ele…

Como funciona essa sala? Há um princípio básico: “a tecnologia é só ferramenta, trata-se apenas de uma aula presencial com outro projeto pedagógico”, analisa o Coordenador do Núcleo de Tecnologias Mistas de Aprendizado, o professor José Francisco Vinci de Moraes. Há uma adaptação de método: a aula passa a ser acompanhada sempre de “situações de intervenção do aluno, seja por meio de trabalho em grupo, estudo de caso, debate orientado, júri simulado, o que for da preferência do professor”, insiste o José Francisco.

No projeto da sala conectada há uma mudança de foco. O professor Ismael Rocha Júnior, Diretor Acadêmico da ESPM, lembrou que a proposta essencial do projeto é transferir o foco da situação de aprendizagem apenas do professor para também envolver, plenamente, o aluno. Ismael pondera que o papel do professor evolui da figura de “fonte de conhecimento para a de organizador de projetos de conhecimento”. Ele afirmou que a dinâmica da sala conectada é o próprio sentido do novo Plano Diretor Acadêmico da escola.

O hardware do projeto, a oferta de equipamento físico, é múltipla: cada aluno pode trazer o equipamento que preferir, seu smartphone, seu tablet, seu note. Quem não tiver, ou não quiser usar o seu, pode retirar do “carrinho” disponível em cada sala conectada um notebook para acompanhar a aula. O software do projeto pede alguma familiaridade, bem simples, do professor com o mecanismo da proposta. O aluno aproveitará sua natural familiaridade com diferentes equipamentos para participar – efetivamente – da aula. Os grupos de trabalho ”devem oferecer respostas imediatas aos pedidos do professor, ou melhor, do organizador dos projetos de aprendizagem”, ponderou o professor José Francisco. Uma situação-problema oferecida permitirá, em alguns minutos, diferentes respostas projetadas de cada grupo, ou de cada equipamento de cada aluno. A aula ganha outra dinâmica, porque o acesso de todos às diferentes bases de dados será instantâneo. É exatamente para isso que a sala é “conectada”.

A própria disposição física da sala de aula demandará alguma flexibilidade. Nos próximos passos do projeto, cada sala contará com três ou mais projetores, os data shows, dispostos em diferentes direções. Motivo: os grupos de trabalho podem se organizar dentro da sala com total flexibilidade. Não há palco, nem carteiras dispostas em formato de anfiteatro.

A acumulação das situações de aprendizagem será feita na nuvem. E com todo o apoio da Plataforma Blackboard da escola.

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